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5 dicas de auto-cuidado que me ajudam a prosperar com a doença de Huntington

maio é o Mês da Consciencialização sobre a Doença de Huntington, uma altura para elevar as vozes das pessoas afectadas, desafiar o estigma e destacar a força que vive na nossa comunidade. Para mim, este mês não é apenas sobre educar os outros; é sobre honrar-me a mim próprio, a minha jornada e as ferramentas que me ajudam a continuar em frente com propósito e paz. Viver com a Doença de Huntington (DH) não é tarefa fácil e, com o tempo, aprendi que o autocuidado não é opcional, é essencial.

Quando os sintomas são imprevisíveis e a energia é pouca, é fácil colocarmo-nos em último lugar. Mas o que eu descobri é que dar prioridade ao meu bem-estar é um ato de resistência, cura e defesa. Ajuda-me a mostrar o meu "eu" mais completo nas conversas, nas relações e na comunidade da DH.

Aqui estão cinco maneiras de eu praticar o autocuidado como alguém que vive com a DH:

1. Construo os meus dias em torno do que me preenche - não do que me esgota

Houve uma altura em que eu dizia "sim" a tudo, mesmo que isso significasse esgotar-me. Sentia-me pressionada a "provar" o meu valor ou a acompanhar os outros. Mas a HD ensinou-me a abrandar e a verificar o que realmente preciso.

Agora, crio um ritmo diário flexível que apoia os meus níveis de energia e me ajuda a estar presente. Programo o descanso sem culpa. Alterno entre tarefas que exigem concentração e actividades que me trazem calma ou alegria, como escrever um diário, beber chá de ervas ou ver o nascer do sol.

Se eu só tiver energia para uma coisa por dia, essa coisa é suficiente. Autocuidado significa honrar a verdade do seu corpo e dar-se permissão para viver ao seu próprio ritmo.

2. Eu nutro o meu corpo com intenção e simplicidade

Comer bem com a DH pode ser um desafio entre as alterações de apetite, as dificuldades de deglutição ou o cansaço de cozinhar. Costumava castigar-me por não fazer refeições dignas do Pinterest, mas desde então mudei a minha mentalidade.

Agora, concentro-me em refeições simples e nutritivas que apoiam o meu cérebro e o meu corpo. Mantenho os vegetais e as proteínas picados prontos para serem consumidos. Preparo batidos cheios de gorduras saudáveis, folhas verdes e antioxidantes. Também tento manter-me hidratada, especialmente quando os medicamentos me fazem sentir seca ou cansada.

A nutrição faz parte do meu conjunto de ferramentas de auto-cuidado, não é uma fonte de stress. Celebro o esforço, não a perfeição.

3. Eu defendo a minha saúde mental - sem me envergonhar

A DH não afecta apenas o corpo, afecta também a mente, as emoções e o sentido de si próprio. Já lutei contra a ansiedade, o desgosto e até a vergonha depois de ter sido mal julgada ou questionada sobre o meu diagnóstico. É por isso que os cuidados de saúde mental não são negociáveis na minha vida.

Vou a um terapeuta que compreende as doenças neurodegenerativas e que me ajuda a lidar com as mudanças de identidade. Pratico a atenção plena, mesmo que seja apenas por alguns minutos, para me manter ligado ao presente. Respondo ao meu crítico interior com autocompaixão e afirmações como: "Sou mais do que o meu diagnóstico".

Se está a ler isto e a debater-se em silêncio, saiba que não tem de o fazer. Procurar apoio é um sinal de força e não de fraqueza.

4. Estabeleço limites que protegem a minha paz

Os limites são uma parte importante do meu autocuidado. Costumava sentir-me culpada por cancelar planos, explicar as minhas necessidades ou dizer "não". Mas a DH ensinou-me que proteger a minha paz não é egoísmo - é a forma de sobreviver e prosperar.

Agora, digo aos outros quando preciso de apoio extra, tempo de silêncio ou compreensão. Não explico a minha deficiência a toda a gente - partilho-a quando me sinto seguro. Escolho amizades e ambientes que me elevam, não que me esgotam.

Os limites são uma forma de defesa e de amor. Ensinamos as pessoas a tratar-nos pela forma como nos tratamos a nós próprios.

5. Celebro-me a mim próprio - exatamente como sou

Esta pode ser a forma mais poderosa de autocuidado: Celebro a minha resiliência. Celebro cada pequena vitória: levantar-me da cama, completar uma tarefa, defender-me, rir-me num dia difícil.

Eu tiro fotografias. Uso batom brilhante quando me quero sentir ousada. Olho-me ao espelho e vejo não apenas uma mulher com uma doença, mas uma mulher que está a aparecer, a contar a sua história e a viver em voz alta. Vale a pena celebrar isso.

Sempre que partilho a minha verdade, seja num blogue, num discurso ou numa conversa, lembro aos outros (e a mim própria) que existimos e que somos importantes.

Reflexões finais: Fazer dos cuidados pessoais uma prioridade, todos os meses

Embora maio seja o Mês da Consciencialização da DH, a minha jornada de autocuidado continua muito depois de virar a página do calendário. O autocuidado não é um luxo - é uma tábua de salvação. Ajuda-me a gerir os sintomas, a manter-me emocionalmente equilibrada e a ligar-me às partes de mim que não foram afectadas pela DH.

A todos os que estão a ler isto e que estão a viver a vida com a doença de Huntington, quero dizer o seguinte:

Tu és digno de descanso. És digno de alegria. É digno de cuidados. Quer comece com uma respiração profunda, uma palavra amável para si próprio ou uma refeição nutritiva, a sua cura é importante.

Vamos continuar a mostrar-nos, não apenas em maio, mas todos os dias.

Sobre Tanita Allen

Tanita Allen é uma defensora dedicada da doença de Huntington. É a autora do seu muito trabalhado livro de memórias "We Exist". É também autora de destaque na Forbes, na revista Brain and Life, fez inúmeros podcasts e trabalho de advocacia, e tem um blogue que reflecte o que é viver a sua melhor vida com uma doença crónica thrivewithtanita.com. Também pode consultar a sua coluna no Huntington's Disease News

2 Respostas

  1. Det her er virkelig en smuk og vigtig tekst! O seu nome é uma referência a uma doença de Huntington (HS). Det er så afgørende, at egenomsorg ikke ses som en luksus, men som en nødvendighed - ikke bare for at overleve, men for at trives.

    As dicas femininas, dadas por Tanita, são muito realistas e muito significativas. Fx det med at planlægge dagen ud fra sin energi og ikke efter, hvad omgivelserne forventer, er en vigtig påmindelse om at lytte til sin krop og sit sind i stedet for at presse sig selv til det umulige. Det hjælper virkelig med at bryde følelsen af skyld, som mange med kroniske sygdomme kæmper med.

    Også det med mental sundhed og at søge professionel hjælp uden skam - det er ofte overset, men altafgørende, især ved neurodegenerative sygdomme, hvor identiteten kan udfordres voldsomt.

    Grænsesætning er et andet nøglepunkt. Det er ikke egoistisk at sige nej eller vælge sig selv først, men en måde at beskytte sin energi og fred på. Og at fejre sig selv - det kan virke som en lille ting, men det er fundamentalt for selvværdet og livskvaliteten.

    Samlet set giver teksten et inspirerende blik på, hvordan man kan leve med HS på en måde, der ikke bare handler om sygdom, men om liv, værdighed og håb. Det er en invitation til både at anerkende de svære sider og samtidig dyrke glæde og selvkærlighed - noget alle kan lære noget af, uanset om man har HS eller ej.

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